terça-feira, 16 de setembro de 2008

A INDÚSTRIA "PIMBACÊUTICA"

Inexplicavelmente, quando pronunciamos o nome dos medicamentos, sentimo-nos espanhóis já que abrimos sempre todas as vogais. Nada nos obriga a que assim seja e, se brincarmos com as entoações, podemos obter surpresas bastante agradáveis, deixando a nú o extremo bom gosto (para não dizer ordinarice) com que os Cientistas e/ou a Indústria Farmacêutica seleccionam os nomes a atribuir aos medicamentos.

Deixo 3 exemplos:

Paracetamol: Toda a gente conhece o princípio activo Paracetamol presente em medicamentos como Ben-u-ron (por falar nisso, será um Ben-Hur muito grande?) ou Panasorbe. Normalmente lemos Paracetamol de forma inocente: Paracétamól. Mas o que acontece se simplesmente lermos Páracetámól?... Paramos...

Elmetacin: Este spray anti-inflamatório também pode ser mal interpretado e, se tivesse que apostar, diria que foi atribuído pelos mesmos atrevidos de Paracetamol. Ora, por norma, lê-se Élmétácin. E se, por ventura, lermos como Êlmétacin?... Ficamos a saber que é assim...

Levonelle: É o exemplo mais óbvio, não necessitando explicações. Mas qual é o pormenor de excepção em relação a este medicamento? Trata-se de uma pílula do dia seguinte. Já estou a ver o slogan: Se Levonelle,... Levonelle.

Estes “artistas” adoram jogar com o segundo sentido das palavras e, com certeza, dariam exímios compositores, não na Indústria Farmacêutica, mas sim na Indústria “Pimba”. Estão claramente no ramo errado e tenho uma vontade incontrolável de os apelidar de um de 3 termos que enfurecem a minha mãe, só de os ouvir, mas que sempre achei deliciosamente irresistíveis: Badalhocos, Javardos, ou principalmente, Lavajões!

2 comentários:

Anónimo disse...

Convinha não esquecer o rei dos reis: o "coaprovel"...

Unknown disse...

Xiiii... grandes dissertações zémanelistas
melhor nomenclatura não podiam arranjar... petáculo

Nevolle

Terá sido a Moucha a batizar...?
Abraço