sábado, 20 de dezembro de 2008

MUSICOL - OS MELHORES DE 2008

Aproveito o aproximar do final do ano para lançar a lista dos melhores de 2008 a nível musical, na opinião da redacção do Blog “Vida de Zé Manel”, não havendo, nesta escolha, a habitual separação entre artistas nacionais e internacionais.
O único elemento que compõe esta redacção reconhece não ter tido oportunidade de se manter a par da grande maioria dos lançamentos do ano que agora finda, mas, dentro daquilo a teve acesso, estes são definitivamente os eleitos, tendo a decisão sido unânime.


1. DEAD COMBO
LUSITÂNIA PLAYBOYS
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Ver artigo:

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2. NICK CAVE & THE BAD SEEDS
DIG LAZARUS DIG!!!
Do regresso de Nick Cave às origens (o Rock mais cru) surge este álbum absolutamente delicioso, influenciado pela sua igualmente fabulosa e distorcida experiência com os Grinderman em 2007. Todo o álbum é genial, mas atente-se a músicas como: “Night Of The Lotus Eaters”, "Midnight Man” ou “We Call Upon The Author”.

3. BLACK MOUNTAIN
IN THE FUTURE
Uma banda canadiana de Blues/Rock psicadélico virado aos anos 70 que já tinha lançado o homónimo “Black Mountain” (também vivamente aconselhado) e edita em 2008 este “In The Future” que lhe dá excelente continuidade. Se nos 70's estivéssemos, seria uma das mais credíveis e conceituadas bandas da época, com músicas longas e por vezes pausadas, excelentes riffs, mas não directos “à orelhinha” e uma deliciosa co-vocalista de seu nome Amber Webber. A ouvir: “Stormy High”, “Wucan” e “Queens Will Play”.

4. THE BLACK ANGELS
DIRECTIONS TO SEE A GHOST
The Black Angels são uma banda oriunda de um dos principais berços do Psicadelismo - Austin (Texas) – podendo mesmo ser considerados os “filhos” dos 13th Floor Elevators. Apesar da notória influência do Rock psicadélico dos anos 60, o som incrivelmente hipnótico e envolvente dos Black Angels consegue ser bastante actual. Directions To See A Ghost não iguala, mas sucede bem a Passover (um dos álbuns mais estimulantes do novo milénio), alternando entre um som mais denso e uns refrões ligeiramente mais comerciais. Destaques: “You On The Run”, “Science Killer”, “Never/Ever”.

5. DEAD MEADOW
OLD GROWTH
Esta banda fundada em Washington DC não disfarça a sua paixão pelo Rock psicadélico dos 60's, compondo, soando (e, inclusivé, utilizando uma imagem) como se nesse tempo vivêssemos. Os Dead Meadow já fizeram melhor no passado e “Old Growth” não é perfeito, sendo necessário fazer alguma selecção, já que contem algumas músicas sem sal que nem são rock, nem são baladas. Mas, quando tomam o comprimido certo, o Wah-Wah arranca em força e os Dead Meadow tornam-se magistrais nas suas deambulações sonoras de vários minutos. Alguns pontos de interesse: “Between Me And The Ground”, “Hard People / Hard Times”, “'Till Kingdom Come”.
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MENÇÕES HONROSAS:
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Mão Morta – Maldoror (não é um álbum no seu sentido tradicional).

Radiohead - In Rainbows (não incluído aqui, pois foi lançado oficialmente em 2007, apesar de pertencer a diversas listas de 2008).

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

PAUL KAGAME - PAUSA NA PAUSA PARA BALANÇO

Esta pausa na pausa para balanço foi inevitável desde que reparei que o Presidente do Ruanda se chama Paul Kagame. Ora, assumamos que, como ele se chama Paul, o segundo nome se lê em inglês...

Este apelido transforma, imediatamente, o Presidente ruandês no mais desrespeitado de sempre e pergunto-me mesmo como consegue manter a lei e ordem se ninguém se digna a cumprir um dos princípios mais básicos das boas maneiras na sua presença. E não é só o incumprimento das boas maneiras, toda a gente lhe "esfrega" o facto na cara logo ao primeiro contacto!

Vejamos alguns cumprimentos ou abordagens possíveis ao Presidente:

- Presidente Kagame, como está?
- Deixe-me apresentar-lhe o Presidente Kagame!
- Presidente Kagame, é um prazer...
- Desculpe, Presidente Kagame...
- Presidente Kagame, posso entrar?
- Presidente Kagame, sente-se aqui...
- Presidente Kagame, aprova esta decisão?
- Aqui está o seu almoço Presidente Kagame.

Ou então slogans eleitorais:

Presidente Kagame para sempre!
Presidente Kagame à frente da Nação!
Presidente Kagame por um Ruanda mais forte!
Presidente Kagame com o Povo!
Presidente Kagame por si!
Presidente Kagame! Cheira bem, cheira a Ruanda!

E a lista continuaria... (se se lembrarem de boas frases coloquem como comentário!)

Não deve ser fácil estar perto do Presidente... Kagame!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PAUSA PARA BALANÇO (COM SONDAGEM)

Venho por este meio informar todos os interessados que este Blog vai efectuar uma pausa para balanço (leia-se: "A minha vida não é isto e, infelizmente, neste momento não tenho disponibilidade para me dedicar ao Blog!") até ao final de 2008.
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Eu sei... quando se pensava que a crise mundial não podia piorar, surge esta notícia devastadora. Mas não desespere, ficam, desde já, prometidas novidades fresquinhas no início de 2009. Até lá, pode sempre ler e reler as inúmeras parvoíces aqui expostas.
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Sinta-se à vontade para deixar críticas e/ou sugestões para futuros desenvolvimentos. Pode e deve, também, votar no seu artigo favorito (à sua direita), já que, sendo este Blog certificado pela norma ISO9001, necessito de avaliar o grau de satisfação dos clientes.
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Não posso deixar de exibir aqui, antes da pausa e com enorme pesar, o fim oficial da carreira de Vanessa Fernandes... (Vanessa, podias ter sido a melhor...)


Grato pela sua compreensão, subscrevo-me Zé Manelinamente,
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Jimi

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O PITÉU



ETIOLOGIA

O Pitéu baseia-se numa receita com batata frita, queijo, fiambre (e/ou salsicha) e ovos, muito simples de fazer, mas que, neste caso, foi levada ao extremo. Aos ovos foi acrescentada uma mostardinha e o “recheio” foi aprimorado com carne, cogumelos e tomate.
No entanto, como se pode constatar na receita que aqui fica, o Pitéu é uma “bomba calórica”, contrariando todas as normas dietéticas. E é exactamente isso que o torna delicioso.



INGREDIENTES (para 4 pessoas)

Batata para fritar;
¼ de bola de Queijo Limiano;
200g de Fiambre;
200 / 300g de Carne;
1 lata de Cogumelos laminados;
2 Tomates não muito grandes;
Pimento verde;
4 Ovos;
Mostarda;
Pimenta preta;
Oregãos;
Cebola;
Alho.



CONFECÇÃO

- Em primeiro lugar, seleccionamos criteriosamente uma forma de modo a que, consoante o número de pessoas a que se destina, permita que o preparado final tenha uma altura razoável (não pode ser grande demais, ficando o Pitéu muito raso, nem muito pequena, tornando-o alto demais).
- No que diz respeito à carne a utilizar na preparação do Pitéu, não há nenhum tipo específico, podendo ser novilho, vitela ou porco, consoante o gosto ou a disponibilidade. Corta-se em pequenos pedaços e tempera-se com sal e alho, com a maior antecedência possível.
Faz-se um refogado (em azeite, cebola e pimento verde) da carne, fiambre (em pequenos pedaços) e cogumelos.
- Entretanto, fritam-se as batatas partidas em cubos, rodelas ou palitos (aqui entra apenas a questão estética, sendo geralmente mais apreciada a forma cúbica). A quantidade a fritar estuda-se no momento e deve ter em conta a forma a utilizar. Deverá ser suficiente para preencher 2 camadas.
- Em simultâneo, preparamos o queijo e o tomate (com um pouco de sal refinado), desfeitos em pequenos pedaços.
- Batemos os ovos junto com mostarda, pimenta preta, sal e oregãos.
- Colocamos, então, na forma seleccionada, uma camada de batatas fritas e, por cima dessa camada, juntamos o queijo, o tomate e a nossa “amálgama” refogada, todos muito bem homogeneizados por toda a forma. Em seguida, cobre-se com nova camada de batata frita e verte-se sobre toda a superficie os ovos batidos com mostarda e, por fim, polvilha-se com oregãos.
- Leva-se ao forno previamente aquecido. O único cuidado importante a ter nesta fase é inclinar suavemente a forma em todas as direcções, de quando em quando, para promover o cozer do ovo por todo o Pitéu.
- Quando o ovo estiver quase “no ponto”, “agressivizamos” a parte superior do forno para permitir um ligeiro tostar. Quando este se verificar, estamos prontos a servir o grandioso Pitéu!
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

A INDÚSTRIA "PIMBACÊUTICA"

Inexplicavelmente, quando pronunciamos o nome dos medicamentos, sentimo-nos espanhóis já que abrimos sempre todas as vogais. Nada nos obriga a que assim seja e, se brincarmos com as entoações, podemos obter surpresas bastante agradáveis, deixando a nú o extremo bom gosto (para não dizer ordinarice) com que os Cientistas e/ou a Indústria Farmacêutica seleccionam os nomes a atribuir aos medicamentos.

Deixo 3 exemplos:

Paracetamol: Toda a gente conhece o princípio activo Paracetamol presente em medicamentos como Ben-u-ron (por falar nisso, será um Ben-Hur muito grande?) ou Panasorbe. Normalmente lemos Paracetamol de forma inocente: Paracétamól. Mas o que acontece se simplesmente lermos Páracetámól?... Paramos...

Elmetacin: Este spray anti-inflamatório também pode ser mal interpretado e, se tivesse que apostar, diria que foi atribuído pelos mesmos atrevidos de Paracetamol. Ora, por norma, lê-se Élmétácin. E se, por ventura, lermos como Êlmétacin?... Ficamos a saber que é assim...

Levonelle: É o exemplo mais óbvio, não necessitando explicações. Mas qual é o pormenor de excepção em relação a este medicamento? Trata-se de uma pílula do dia seguinte. Já estou a ver o slogan: Se Levonelle,... Levonelle.

Estes “artistas” adoram jogar com o segundo sentido das palavras e, com certeza, dariam exímios compositores, não na Indústria Farmacêutica, mas sim na Indústria “Pimba”. Estão claramente no ramo errado e tenho uma vontade incontrolável de os apelidar de um de 3 termos que enfurecem a minha mãe, só de os ouvir, mas que sempre achei deliciosamente irresistíveis: Badalhocos, Javardos, ou principalmente, Lavajões!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A JIMIZINHA ESPECIAL E O SANDES


SANDES E A ORIGEM DA JIMIZINHA ESPECIAL

A Jimizinha Especial é fruto de um daqueles felizes acasos dignos de referência.
Como manda a tradição, há dois anos, no Verão, o meu primo Sandes (alcunha fictícia) usufruía de umas semanas de férias em minha casa. Eu, nessa altura, não gozava do mesmo privilégio e continuava a trabalhar......
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Pensando melhor, pausemos o desenrolar da história por instantes...
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Num Blog intitulado Vida de “Zé Manel” é impossível prosseguir, quando nos referimos a Sandes, sem abrir o devido parêntesis. Isto porque falamos, apenas e só, do Bento XVI ou, melhor ainda, do Dalai Lama da Zé Manelice.
Sandes é o homem que melhor encarna o espírito do que é ser um Zé Manel. As suas peripécias davam para páginas intermináveis visto que, desde partir dentes a levar facadas, já tudo lhe aconteceu no estado Zé Manel, vencendo consecutivamente (desde 1997), e sem adversários à altura, as últimas 12 edições do troféu “Zé Manel do Ano”, atribuído pela conceituada revista ZemanElle. A sua hegemonia Zé Manelina supera a de Yelena Isinbayeva no salto com vara, Michael Phelps na natação, Usain Bolt nos 100 e 200 metros e até mesmo, por mais inverosímil que possa parecer, a do F.C. Porto no futebol português. Numa das cerimónias de entrega dos troféus, Sandes chegou mesmo a dizer: “Aceito que me ergam uma estátua, desde que seja feita de cerveja... Super Bock!”
A título de curiosidade, a sua última façanha foi entrar por minha casa às 8 da manhã, depois de uma noite de Zé Manelice, acompanhado do taxista que o tinha trazido, o qual convidou para beberem uma "cuquinha" e comerem uns perceves que eu tinha preparado anteriormente. Só mesmo do Sandes... Aliás, a relação Sandes/Taxistas, por si só, contém matéria suficiente para um Blog independente. Um caso a pensar...

Depois de feita esta mais do que merecida apresentação d'”O Sr. Zé Manel”, podemos retomar o episódio Jimizinha...
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Durante as referidas férias, Sandes passava os dias na poltrona a ver religiosamente, na SportTV, os empolgantes amigáveis de pré-época de todos os campeonatos de futebol, desde o português ao cipriota. As vitórias do Omonia Nicosia enchiam-no de moral já que, quando eu chegava a casa, ainda ofegante da “lavoura”, era presenteado com as suas palavras reconfortantes: “O que é que vamos jantar hoje?” A pergunta era tão sentida que quase me levava a desculpar-me por não ter sido possível preparar-lhe o almoço.
E foi numa destas sessões de culinária para saciar o Dalai Lama que, enquanto “inventava” uma massa com carne, me apercebi que o aroma e sabor do que preparava se assemelhavam bastante aos de uma francesinha especial. Apesar de, até à data, nunca ter feito nenhuma, nem sequer conhecer uma receita, resolvi, baseado no que tinha confeccionado para aquela massa, fazer uma sessão de francesinhas especiais para os amigos (leia-se Zé Maneis).
Como a receita era totalmente nova e levava uma considerável quantidade de vegetais, a FAFE (Federação Autónoma de Francesinhas Especiais) decidiu, mais tarde, considerá-la uma subespécie diferente, surgindo assim a Jimizinha Especial. (Ficou igualmente provado que o cruzamento entre uma Francesinha e uma Jimizinha era incapaz de produzir descendência fértil.)
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INGREDIENTES (Para 4 Jimizinhas)

- Azeite;
- Óleo;
- 1 Cebola;
- Alho;
- Louro;
- 3 Cenouras;
- Pimento verde;
- 4 Tomates maduros;
- Polpa de tomate (1 frasco média);
- Mostarda Savora- Ketchup (não é obrigatório);
- 1 pacote de Natas (200mL) ou o equivalente em leite;

- 1 Cerveja;
- Whisky;
- Molho Inglês;
- Tabasco;
- Pão de forma por cortar;
- Fiambre fininho (nem que se desfaça) (200 / 300 g);
- Queijo (300 / 400 g de queijo afatiado e ¼ de bola de queijo Limiano);
- Chourição (15 / 20 fatias);
- 3 Linguiças;
- 4 bifes de novilho ou vitela;
- 4 Ovos.
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CONFECÇÃO

Ponto prévio:
Neste artigo, a confecção da Jimizinha Especial está dividida em 2 partes diferentes que, obviamente, são executadas em simultâneo, sendo necessário coordenar as múltiplas e diferentes etapas com enorme rigor, para que tudo vá ficando concluído a seu devido tempo.

O Molho:
Estruge-se, numa panela com azeite (e em lume brando), 1 cebola e 3 dentes de alho muito bem picados.
Quando se notar um suave alourar, acrescenta-se uma mistura de 3 cenouras e uma boa porção de um pimento verde, eximiamente triturados.
Após uns 5/10 minutos a refogar, adiciona-se 4 tomates maduros, também exemplarmente desfeitos, e uma folha de louro.
Deixa-se cozer mais uns 15 minutos, ao fim dos quais se acrescenta a polpa de tomate. A quantidade de polpa não deverá ser exagerada (pouco mais de meia garrafa média), mas, em caso de necessidade, é o ingrediente ideal para fazer acertos na quantidade de molho. Deixa-se cozer mais uns minutos.
A partir deste ponto começa o tempero, sendo este processo muito mais livre e sujeito à sensibilidade de cada um. É, também, nesta fase que se colocam 3 linguiças a guisar no molho para que estas, à medida que se vai condimentando, transmitam um pouco do seu paladar e, em simultâneo, adquiram o gosto do “preparado”.
Deita-se, então, mostarda (2/3 colheres de sobremesa bem cheias), um nada de ketchup (opcional, apenas se for necessário adocicar), uma cerveja e um pouco de Whisky. Acrescenta-se um pacote de natas (200 mL) ou uma quantidade equivalente de leite.
Para finalizar, apimenta-se com tabasco, molho inglês e, se necessário, coloca-se também um pouco de sal.
Retira-se as linguiças e a folha de louro e passa-se tudo muito bem com a varinha mágica.
Continuando a cozedura em lume brando, prova-se o molho para fazer os ajustes que eventualmente sejam necessários. Deve ficar bem “puxadinho”.
A espessura corrige-se com um pouco de água, mas não esquecer que o molho da Jimizinha Especial é, por natureza, espesso, sendo a principal razão pela qual é considerada uma subespécie diferente.

A Jimizinha:
Previamente ao início da confecção da Jimizinha Especial, a carne deverá ser temperada com sal e alho. Um pouco antes de termos o nosso molho concluído, fritam-se os bifes com um “nadinha” de azeite (quase grelhar).
Os ovos são estrelados em óleo (cobrindo com sal refinado), o mais próximo possível da ida da Jimizinha ao forno.

No que concerne à preparação, propriamente dita, da Jimizinha, digo-vos, desde já, que esta é uma sanduíche densa,... muito densa. Começa pelo cortar do pão de forma que, idealmente, é executado por nós. Deste modo, definimos a sua grossura que será um pouco maior do que a do pão de forma comercial.
Vai-se, então, colocando sobre uma das fatias de pão:
- 3 fatias de fiambre (alternando cada uma com os restantes ingredientes);
- 2/3 fatias de chourição (alternando cada uma com os restantes ingredientes);
- 6 a 8 rodelas da linguiça guisada no molho (que entretanto cortámos);
- 1 porção de queijo Limiano (de dimensão próxima dos limites do pão e com a grossura aproximada de 3 fatias de queijo afatiado);
Colocamos a outra fatia de pão (que poderá estar barrada com mostarda) e levamos uns minutos à torradeira para prensar e torrar ligeiramente o pão.
Em seguida, colocam-se 4/5 fatias de queijo afatiado a cobrir a sanduiche (inclusivamente os lados) e leva-se ao forno, previamente aquecido. Na ausência de forno, o queijo também pode ser derretido na torradeira.

O Final Feliz:
Quando o queijo se encontrar bem derretido temos o nosso processo finalizado, restando-nos pôr a sanduíche num prato de sopa, colocar o ovo estrelado por cima, verter o molho até cobrir o prato e saborear a Jimizinha Especial!
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Nota:
No dia em que preparar tudo alegremente e só no final se aperceber que não tem varinha mágica à disposição, não desespere. Sirva o molho por passar. Já foi testado, com grande sucesso. Chama-se Sopancesinha Especial.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

COMO FAZER A MELHOR TOSTA MISTA DO MUNDO

Fazer uma Tosta Mista… É tão fácil!... Pão, queijo, fiambre, pão… torradeira e já está!
Pois não há nada mais errado que isto!
Não é que fazer uma Tosta Mista bem feita seja difícil, longe disso, mas há inúmeros detalhes que podem transformar uma reles Tosta Mista num petisco divinal!


Vamos por partes:

O PÃO
A escolha do pão é de extrema importância, pois pode condicionar todo o resultado final de uma Tosta Mista. Varia consoante o gosto pessoal podendo ser utilizado praticamente todo o tipo de pão originando diferentes estilos “tósticos” e proporcionando, por vezes, agradáveis surpresas. Não se coíba de inovar.
Vou-me debruçar particularmente sobre 3 tipos de pão:
- pão de forma: é o pão clássico na execução de uma Tosta Mista, principalmente em estabelecimentos comerciais. Evitar os pães de forma industriais, pré-cortados. No pão de forma o requisito principal é a grossura das fatias e devemos ser nós a defini-la. A fatia perfeita terá uma grossura ligeiramente superior às fatias do pão de forma industrial. Dependendo dos gostos, pode ser removida cirurgicamente a côdea, mas, pessoalmente, não aconselho.
- carcaça (biju, papo-seco): o meu preferido para uma tosta de pequenas dimensões. O importantíssimo segredo do uso deste pão numa Tosta Mista é que deverá ser utilizado ressesso, com um ou dois dias. A tosta fica incomparavelmente melhor, pois ganha uma muito maior consistência do que quando o pão é fresco.
- pão alentejano: devido à sua categoria, este pão origina uma Tosta Mista de aspecto e sabor fabulosos. O pão deve ser cortado numa zona onde as duas fatias tenham uma dimensão semelhante, que nem sempre é possível devido à sua forma. As fatias não devem ser demasiado finas, mas também não podem ser tão grossas como as do pão de forma.

O QUEIJO
O queijo a utilizar numa tosta mista será o tradicional queijo flamengo afatiado ou então o Limiano (melhor opção se não houver afatiado).
Não tenha medo de pôr muito queijo, que nunca é demais. A colocação do queijo é muito importante, devendo ser colocado, todo ele, dentro dos limites do pão. O queijo quer sair de dentro do pão, por isso, se o colocarmos desta forma, ele vai, naturalmente, sair por uma ou outra abertura criando aqueles pequenos e deliciosos bocados de queijo torrado. Muitas vezes cai-se no erro de colocar o queijo por fora do pão e isto vai provocar a saída da grande maioria do queijo para o exterior durante o processamento, deixando o interior praticamente vazio. E não há nada mais desconsolante do que comer uma tosta neste estado…

O FIAMBRE
No que diz respeito ao fiambre, este deverá ser de boa qualidade e cortado fininho. O número de fatias varia com a dimensão, mas, normalmente, duas ou três fatias é o ideal. No fiambre já é aconselhável colocá-lo ligeiramente por fora dos limites do pão para que estas partes fiquem deliciosamente tostadas. Dá outro gosto!

SUGESTÕES DO CHEFE
- Orégãos: ficam sempre bem, dando “aquele” gostinho (pessoalmente, já não os dispenso);
- Mostarda: pode-se sempre acrescentar um pouco de mostarda, preferencialmente barrando-a sobre uma das partes (interiores) do pão;
- Salpicão: Uma tosta diferente e de grande sabor pode ser obtida substituindo o fiambre por um bom salpicão cortado fininho;
- Tomate: Compõe muito bem a tosta nos momentos de maior fome e dá-lhe um ar mais saudável. Deve colocar-se com um pouco de sal.

O PROCESSAMENTO
Depois de termos a nossa matéria-prima devidamente colocada, está na hora de a levar à torradeira. Esta deverá estar pré-aquecida e num nível médio para provocar um tostar contínuo e não repentino.
O primeiro erro comum, que destrói uma Tosta Mista, ocorre mal se fecha a torradeira. Ao fechá-la sem a levantar, esta pressiona a parte de cima do pão para a frente ficando as duas porções desalinhadas. Além de esteticamente ser um desastre, o interior fica exposto e a tosta arruinada. Ao fechar é importante levantar a parte superior da torradeira e tentar assentá-la sobre a tosta o mais horizontalmente possível.
Outro pormenor essencial é o uso de rolhas (na horizontal) na torradeira para evitar que esta feche totalmente. Se não utilizarmos estas rolhas, as tostas ficam comprimidas e finas demais e o queijo sai muito mais facilmente, pois a pressão da torradeira é enorme. Com as rolhas, a nossa tosta fica da grossura destas, o que lhe permite ficar numa dimensão ideal para ser “abocanhada” e o pão fica mais consistente e estaladiço.


Depois de fechada, pressiona-se a torradeira de modo firme (mas não demasiadamente violento) para compactar a Tosta Mista à dimensão das rolhas, tentando garantir que o queijo está bem dentro dos limites do pão.
O tempo de “tostagem” é importantíssimo e nunca deveremos ter pressa. O queijo tem que, obrigatoriamente, derreter muito bem e temos que garantir que ultrapassa aquela fase “amarelo mais escuro”. Um queijo que não está “no ponto” é a causa mais comum para Tostas Mistas de fraca qualidade. E, por vezes, um queijo bem derretido consegue salvar uma tosta feita com pouco zelo. Lembrem-se disto.
Quando o pão começar a ganhar uma “corzinha”, está na altura de barrar com manteiga em ambos os lados (superior e inferior). A manteiga é fundamental numa Tosta Mista de qualidade, dando ao pão outro sabor e outra textura.
Deixa-se tostar a manteiga um pouco e quando sentirmos que o queijo está no ponto, retiramos e provamos a melhor Tosta Mista do Mundo!!


Nota: Se, por acaso, repararmos que o queijo está a sair excessivamente da tosta, mas no interior ainda não está no ponto, o modo de a tentar salvar será deixando tostar com a parte superior da torradeira mais alta, sem tocar nem fazer pressão sobre a tosta.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

VANESSA FERNANDES SALIENTA O SEU PRÓPRIO FACTOR

O Factor Vanessa Fernandes* continua na ordem do dia. Depois de Telma Monteiro ter demonstrado ao mundo a sua existência com a sua modesta participação nos Jogos Olímpicos, desta feita foi a própria Vanessa que mostrou estar ciente da importância do factor para o seu sucesso.
Durante o programa da RTP dedicado a Vanessa Fernandes, à sua magnífica carreira e à sua preparação para os Jogos, foi-lhe perguntado o que não dispensa e leva sempre consigo para os estágios e competições. Vanessa, entre bens essenciais e de superstição (como um terço), respondeu convictamente: “Levo sempre a minha fronha!”
Ficou assim claro que a triatleta tem plena consciência do factor, não abdicando nunca dele, o que se revela como um gigante passo para a conquista da tão desejada medalha de ouro.

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* Ver artigo: Tu F*@£s como uma feia! - O Factor Vanessa Fernandes

terça-feira, 12 de agosto de 2008

FACTOR VANESSA FERNANDES COMPROVADO

Telma Monteiro conseguiu, nos Jogos Olímpicos de Pequim, uma proeza extraordinária ao terminar discretamente a sua prestação no Judo em 9º lugar. Com este mediano resultado, Telma comprovou claramente a existência do Factor Vanessa Fernandes*, factor que visivelmente não possui. A judoca portuguesa partia como uma das favoritas a uma medalha, mas foi traída pela sua agradável aparência, desmonstrando a influência crucial do factor no talhar de uma campeã.

Esperemos que a gloriosa Vanessa Fernandes não acompanhe a onda de desilusões que têm sido as prestações dos atletas portugueses e se apresente no seu pior de sempre.


* Ver artigo: Tu F*@£s como uma feia! - O Factor Vanessa Fernandes

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O MAR ENROLA NA AREIA

Enquanto crianças, assimilamos com inocência tudo aquilo que os adultos nos vão transmitindo. Contam-nos histórias com grande componente moral e ensinam-nos alegres cantigas que rapidamente decoramos para nunca mais esquecer e, em princípio, estas serão as mesmas histórias e cantigas com que vamos presentear os nossos filhos, enquanto desesperamos para que adormeçam.
Mas nem sempre a pedagógica mensagem é o que parece e, por vezes, sem nos apercebermos, estamos a incitar a comportamentos menos próprios. Vejamos o exemplo da sobejamente conhecida ode “O mar enrola na areia” que contém uma mensagem subliminar de apelo ao consumo de drogas.


O mar enrola na areia,
Ninguém sabe o que ele diz,
Bate na areia e desmaia,
Porque se sente feliz.


Ora bem, digam-me se isto não é comportamento de quem já inalou mais canabinóides do que o Bob Marley em dia de concerto... O mar está a enrolá-los na areia, fuma-os e já ninguém sabe o que ele diz. Bate na areia e desmaia! E sabem-me dizer porquê? Porque se sente feliz... Por favor, o mar está com “semelhante” que em vez de estarem a cantolar a sua desgraça, mais vale é alguém ir lá dar-lhe uma maozinha porque ele já está com lipotimia e, já agora, quem for que leve um copo de água porque de certeza que o mar não tem um pingo de saliva!


Enfim... e é isto que andamos a entranhar nas mentes das nossas pobres criancinhas. Depois admiram-se que a Maddie tenha sido vista em Marrocos...

domingo, 3 de agosto de 2008

TU F*@£S COMO UMA FEIA! - O FACTOR VANESSA FERNANDES

Ponto prévio: há coisas que têm que ser ditas de uma maneira muito específica e só desse modo é que fazem o devido sentido. Assim sendo, este artigo contém a linguagem necessária, mas que pode ferir susceptibilidades, ficando ao seu critério prosseguir com a leitura.
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Uma das nossas grandes esperanças para os Jogos Olímpicos de Pequim é a magnífica Vanessa Fernandes, que, nos últimos 2 anos, dizimou, no Triatlo, toda a concorrência. Mas, com o aproximar dos Jogos, Vanessa tem fraquejado, coisa que raramente acontecia.
Podemos pensar que (e esperamos que seja) Vanessa se está a resguardar para Pequim, mas não consegui deixar de ser invadido por determinada ideia: “Arranjou um namorado!” Esperemos que não, pois era o pior que lhe poderia acontecer. Digo isto porque há uma razão muito clara para o seu tremendo sucesso e essa razão é o facto de Deus não ter perdido muito tempo (para não dizer nenhum) a esculpir-lhe a face, tornando-a literalmente invisível aos radares masculinos. Este factor faz com que a competição seja “a razão de viver” de Vanessa, focando toda a sua energia, sem distrações desnecessárias, no seu treino, correndo, pedalando e nadando (“para esquecer”) com inesgotável garra. Este é o estímulo extra que esta extraordinária atleta possui, o seu segredo.
Se Vanessa fosse um pouquinho “menos feia” já teria distrações com namorados (vivendo as alegrias e depressões associadas) e preocupar-se-ia inevitavelmente mais com penteados, maquilhagens, roupas, “quinquilharia”, etc.. dispersando a concentração necessária no treino e na competição.
Por isso, sempre afirmei que Vanessa, no dia em que contactar a Corporación Dermostética para um retoque estético ao nariz, arruina a sua meteórica carreira. Um excelente exemplo disso mesmo é Fernanda Ribeiro e o seu súbito desaparecimento das grandes competições pouco depois de ter feito o buço e pintado o cabelo. Não é por acaso. Estas preocupações não se coadunam com a alta competição.
Aliás, se virmos com atenção, o sucesso desportivo das nossas atletas é inversamente proporcional à sua beleza. Não é possível, em Portugal, ser-se uma mulher bonita e, simultaneamente, uma atleta medalhada. Os exemplos sucedem-se: Rosa Mota, Aurora Cunha, Manuela Machado, Fernanda Ribeiro e Vanessa Fernandes, todas partilham a mesma característica que as conduziu à glória.
Se tiver uma filha “de bradar aos céus” não desespere, pelo menos há a forte possibilidade de vir a ser uma futura campeã do mundo de salto com vara.
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Mudando ligeiramente o assunto, mas continuando a falar de mulheres pouco abençoadas, podemos pensar à primeira vista que não há solução para estas junto do sexo masculino. Mas não é necessariamente verdade.
Normalmente, os homens preferem mulheres bonitas e elegantes, ou seja, gajas boas. Isto faz com que uma gaja boa tenha, constantemente, manadas de homens a salivar, tentando a sua sorte. Já uma mulher gorda e\ou feia não se pode gabar do mesmo, pelo contrário. Isto torna o comportamento sexual destes 2 tipos de mulheres antagónico.
Uma feia, quando se vê com um homem nas mãos, trabalha, dedica-se, esforça-se, esmera-se e sua para provar que vale a pena voltar a beber daquela água, para agarrar o lugar. Uma feia sabe dar o devido valor ao acontecimento, pois sabe que só tem uma oportunidade, que não tem margem para erros, o que a leva a abordar cada lance como se fosse o último. Resumindo, uma feia fode bem! É o denominado factor Vanessa Fernandes. Em linguagem futebolística podemos afirmar que uma feia é um Derlei.
Uma gaja boa, normalmente, está-se a “marimbar”, não se esforça, pura e simplesmente não quer saber, porque se não formos nós que ali estamos, é outro qualquer. Uma gaja boa tem sempre fila de espera e isso sobe-lhes à cabeça, dando origem a fodas paupérrimas. Em linguagem futebolística uma gaja boa é um Quaresma.
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Da próxima vez que estiver numa discoteca tenha uma visão de jogo alargada e pense bem no perfil pretendido antes de fazer a investida. Lembre-se que uma feia, além de ser um alvo incomparavelmente mais fácil, proporcionar-lhe-á uma experiência transcendente! Basta ter estômago...
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Em forma de conclusão, podemos dizer que o melhor elogio possível a uma mulher, depois de uma incrível noite de amor, é: “Sim senhor, tu fodes como uma feia!”
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Para reflexão: Se todos os homens, sem excepção, passassem a preferir as feias, as gajas boas ficavam sem a habitual “clientela” e, deste modo, teriam que se esforçar, desesperadas, para conseguir a atenção do macho. Funcionaria na perfeição já que, pelo menos durante um período (até o processo se reverter), choveriam gajas boas, fáceis de engatar e a foder como feias! Pensem nisso...

sábado, 2 de agosto de 2008

VALE A PENA VER (Parte I)

Aqui ficam algumas sugestões de vídeos onde se possa aprender alguma coisa (ou não):

1. Tapa na Pantera - "Eu fumo cachimbo porque o que faz mal é o papelzinho". A avozinha que todos devíamos ter.

http://www.youtube.com/watch?v=CfFC77ZYX6c&feature=related

2. Virtual Barber Shop - Absolutamente fabuloso! O que interessa é o som e é obrigatório o uso de headphones. Depois é só fechar os olhos e deixar o Luigi fazer o resto!

http://www.youtube.com/watch?v=IUDTlvagjJA

3. Mountain Wingsuit - Onde chegou o paraquedismo!... É um vídeo fabuloso!

http://www.youtube.com/watch?v=27QHQVCtWts

4. The PCR song - "We are the world!" versão polymerase chain reaction.

http://www.youtube.com/watch?v=x5yPkxCLads

5. epMotion - Desta vez é a Eppendorf que nos deixa esta pérola publicitária (Reparem que o Thom Yorke também lá está...).

http://www.youtube.com/watch?v=J0s0Y3-BCaw

6. Battle at Kruger - Cena de acção incrível com protagonistas do mundo natural. Veja o Rei da Selva com o rabinho entre as pernas.

http://www.youtube.com/watch?v=LU8DDYz68kM

7. Benfica na Liga dos Campeões - O desgosto do maior apoiante do Benfica.

http://www.youtube.com/watch?v=BH8ADuPrmOw

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A CAGANITA, O CAGALHÃO E O "HOME RUN"

O Cócó é um tema que me é muito querido. Tenho um profundo respeito pelo Cócó e defecar é sempre um dos pontos altos do meu dia. Sempre que me é possível, aprecio o resultado final como um todo, analisando a quantidade total, consistência, cor, odor, partes perceptíveis (pevides de kiwi, pedaços de tremoço), etc... Por exemplo, a maneira ideal de confirmar a consistência é, ao limpar o ânus, apanhar com o papel higiénico o último bocadito que estava agarrado aos pêlos e espremê-lo no papel até sair pelas pontas do mesmo... Mas deixemo-nos de rodeios e vamos à teoria.

As pessoas utilizam frequentemente as palavras sem pensar no seu significado e no seu possível impacto. Oiço constantemente usarem e abusarem dos termos “caganita” e “cagalhão”, mas creio que nunca ninguém parou para perceber onde acaba uma caganita e começa um cagalhão. Fala-se inúmeras vezes, e inadmissivelmente, em cagalhões em situações onde estávamos, na realidade, perante caganitas e vice-versa.
Toda a gente sabe que um cagalhão é algo imponente e, por esse facto, exige uma dimensão mínima. A meu ver, não é qualquer poiozito de merda que tem a honra de ser intitulado de cagalhão... Não é dignificante para a classe. O inverso também pode acontecer. Um nobre cagalhão ser erronea e humilhantemente denominado de caganita.
Ora, isto não pode continuar... Para acabar com estas questões desenvolvi um método para standartizar aquilo a que se pode chamar um cagalhão.

Consiste no seguinte:

Estamos a obrar e as fezes fluem sobre o esfíncter... Se simultaneamente olharmos para dentro da sanita (entre as duas pernas) e observarmos o momento em que as fezes se soltam do ânus, podemos concluir se se tratava de um cagalhão ou de uma caganita. É simples, se o bloco ainda não se tinha soltado e nós já o conseguíamos visualizar, pode-se afirmar que se tratava de um cagalhão. Se a massa se soltar antes de se tornar visível, não pode ser apelidada de mais do que uma mera caganita*. Esta simples observação permite-nos, a partir desse momento, atribuir os respectivos nomes com o devido conhecimento de causa.

Durante este processo também se pode observar um fenómeno raro e de extraordinária beleza. Todos o desejam, todos o tentam e, até hoje, poucos o conseguiram. Poucos são, também, os que sobrevivem, quando alcançam tamanha façanha. Falo, como já perceberam, do quase inatingível “Home Run”! Consegue-se um “Home Run” quando as fezes ainda não se soltaram do esfíncter e já estão a tocar na água do fundo**. É algo de uma dificuldade extrema, a sensação que nos percorre nesse momento é indescritível e nunca mais vemos a vida com os mesmos olhos...
Fazer um “Home Run” não é para todos, longe disso. Alguém inexperiente, ao tentar, acaba totalmente esgotado e cheio de petéquias faciais, de tanto esforço... É só para Homens com pêlos no céu da boca!
Mas predisposição genética não é tudo. Para fazer um “Home Run” as fezes têm que estar na consistência ideal. Nem demasiado moles (têm que ser compactas, senão desfazem-se rapidamente), nem demasiado duras (deixam de ser moldáveis no esfíncter, tornando-se excessivamente grossas e demasiadamente curtas). O ideal será algo tipo barro, cuja grossura possa ser controlada pelo ânus. Mas este “ponto caramelo” é extremamente difícil. Exige anos de estudo e de tentativas goradas, já que é essencial uma alimentação direccionada para o efeito, mas adaptada à idiossincrasia de cada indivíduo. Exige, também, anos de treino a nível anal para atingir o diâmetro correcto e acima de tudo manter esse diâmetro constante ao longo do processo. Só para os predestinados.

* - Toda esta teoria só se aplica, obviamente, a fezes de uma consistência mínima, não tendo qualquer significado quando estivermos na presença de fezes diarreicas.

** - A teoria do “Home Run” só se aplica nos países que utilizam apenas o fundo da sanita com água, não se aplicando nos países onde utilizam meia sanita já cheia de água, que facilitaria muito a realização do feito, banalizando-o.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O HOMEM DE PADRONELO

Certo dia, há uns bons anos atrás, o António (nome fictício), de Padronelo (terra famosa pelo seu magnífico pão), foi à cidade tratar de umas transacções pecuárias. Chegado à cidade, foi tratando dos negócios, com sucesso, sobrando-lhe tempo para a actividade de lazer obrigatória numa viagem destas. Uma ida ao bordel! “Dizem que na cidade elas são lavadinhas!” - era o que ouvia dos amigos. António, que sempre foi apologista da máxima: “Lavaste?! Lavaste, estragaste!... Lavado tenho eu em casa!”, não tinha tanto interesse nas prostitutas urbanas, mas, desta vez, tinha mesmo que passar pela casa de meninas.

Chegado ao antro, começa a analisar criteriosamente todas as alternativas e pede à Madame:
- Quero aquela! - apontando para uma deslumbrante galdéria junto ao balcão.
- Aquela é a mais cara e tem fila de espera.
- Eu tenho dinheiro e posso esperar!
Esperou e, quando chegou a sua vez, lá foi tirar o devido partido da situação. Depois de quase todo o tipo de práticas sexuais possíveis, terminam o evento.
- Que fábula! Quanto é? - pergunta António.
- 2 contos.
Então, António saca de uma nota da carteira. 5 contos em cima da cama, num gesto másculo!
A menina, muito agradecida, despede-se de António.

No dia seguinte, volta ao bordel e repete-se o cenário. Exige a mesma pêga, espera a sua vez, e, depois do acontecimento, volta a perguntar:
- Que delícia! Quanto é?
- 2 contos.
António pega novamente numa nota de 5 contos e coloca-a, com novo gesto firme, em cima da mesinha-de-cabeceira.
A rapariga, ainda mais agradecida, despede-se de António.

Ao voltar à “casinha” uma terceira vez, repetiu todo o procedimento das 2 noites anteriores e voltou a exibir mais uma nota de 5 contos. Mas, desta vez, a curiosidade da "safadona" foi maior e não se conteve:
- Desculpe dizer-lhe, mas estou intrigada. O Sr. vem cá há 3 noites seguidas, tem sido de uma delicadeza e simpatia extremas e paga-me 5 contos por cada vez quando eu só cobro 2... Não entendo porquê tanta generosidade...
- Sabe, menina, eu sou de Padronelo e...
- Ai é de Padronelo? - interrompe ela, bruscamente – Curioso, também sou de lá! Também sou de Padronelo!
- Eu sei, minha filha, eu sei... – diz António com o seu melhor ar paternal – É que sou grande amigo do teu pai, ele soube que eu vinha cá e pediu-me para te entregar 15 contos.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

F. C. PORTO CONTRATA O INCRÍVEL HULK

O F. C. Porto acaba de assegurar a contratação de o “Incrível Hulk”. Pinto da Costa referenciou-o como um jogador “à Porto” devido à garra demonstrada, principalmente quando espicaçado por jogadores como o Petit. “Só tenho pena que o Paulinho Santos já não jogue para o provocar em campo”, acrescentou o Presidente.
Nas imagens podemos ver Hulk durante a apresentação no anterior clube, o Tokyo Verdy (à esquerda) e no decorrer da final da Taça do Japão (à direita).
O problema de Hulk são os cartões amarelos, já que por cada golo que marca acaba em tronco nu, a festejar efusivamente e com o equipamento em farrapos.
Sabe-se, também, que o clube tenta ainda garantir a vinda de Capitão América, mas este só é hipótese se a transferência do Capitão Lucho para o Atlético de Madrid se concretizar. Curiosamente, o principal entrave à vinda de Capitão América é o facto de este preferir, também, a ida para o Atlético de Madrid em vez do F. C. Porto, por uma mera questão de afinidade. “Se for para o Atlético não preciso de trocar de fatiota, posso usar esta ridícula”, disse América ao jornal espanhol “Marca”.

Entretanto, continuando o clima de “Guerra” instalado, Rui Costa e o Benfica já reagiram e preparam-se para anunciar a contratação de O Pinguim, um jogador muito apreciado por Quique Flores devido à sua mobilidade.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A MINHA NAMORADA ENCHEU-ME DE ORGULHO

Certo dia, estava sem fazer nada no msn, quando a minha namorada Etelvina (nome fictício, pois se este fosse o seu verdadeiro nome, obviamente, não namorava com ela) me pede para ler um e-mail que tinha enviado em resposta a uma proposta de emprego que acabara de receber. Fechei o “Redtube” e lá fui ver do que se tratava.

Acabei de ler o e-mail e transformei-me no namorado mais orgulhoso do mundo!

Ora, aqui fica o e-mail e a respectiva resposta, dignos de ser lidos com atenção.

Mail da Empresa (tive que corrigir erros ortográficos):

Tendo recebido a sua candidatura, vimos por este meio informá-lo(a) das condições que estão estabelecidas na empresa para a função a desempenhar.

Os escritórios situam-se em Cascos de Rolha (local fictício) e a função a desempenhar será na sua maioria de Coordenação de Segurança em Obra, em diversas obras na maioria na região de Cascos de Rolha, existindo também diversas obra no resto do território nacional. O trabalhador terá a seu cargo uma média de 5 obras.

Caso mantenha o interesse, tenha disponibilidade imediata e tenha residência na área de Cascos de Rolha, queira fazer o favor de nos informar via e-mail, por forma a marcar eventual entrevista.

Será estabelecido um contrato de prestação de serviços a recibos verdes com as seguintes características.

Condições contratuais:
- Serão auferidos 750€ / mês (rendimento bruto) com emissão de recibo verde.
- Horário de trabalho das 9 às 18 com 1 hora de almoço.
- Empresa não paga valor extra para segurança social do trabalhador.
- Empresa não paga valor extra para IRS do trabalhador.
- Trabalhador deverá ter aptidão médica própria assim como seguro de acidentes pessoais próprio.
- Trabalhador pode tirar dias de férias, mas estes não serão pagos.
- Trabalhador não recebe subsídio de Natal.
- Trabalhador não recebe subsídio de férias.

Despesas pagas pela empresa:
- Equipamentos de protecção individual fornecidos pela empresa.
- Telemóvel.
- Trabalhador usa Viatura da empresa. Serão pagos os km que sejam efectuados de casa para as obras e das obras para casa, assim como do escritório para as obras e das obras para o escritório. Os km efectuados entre o escritório e casa serão por conta do trabalhador.
- Portagens nas deslocações de e para as obras.
- Subsidio de jantar quando deslocado de 10€ por jantar.
- Hotel quando deslocado.
- O valor destas despesas serão pagas pela empresa, mediante apresentação de recibo verde pelo trabalhador como “efectuadas em nome e por conta do cliente”.

Resposta de Etelvina

Boa tarde,

A proposta de emprego à qual me candidatei foi de Técnico Superior de Higiene e Segurança no Trabalho (nível V), função na qual é necessário um curso superior e para a qual vocês propõem os seguintes valores (segundo entendi):
Vencimento líquido = 750 € – 150 (20% retenção na fonte) – 163 € (valor mínimo a pagar à segurança social) = 437 € líquidos + gastos com alimentação + gastos com deslocação para a empresa (não percebi se a este valor ainda tenho que descontar os 21% de IVA, porque a empresa não referiu este facto).

Com esta remuneração existem empregos nos quais a responsabilidade exigida é muito inferior, para além de que ainda incluem o “bónus” de subsídio de férias e Natal e 22 dias de férias anuais. Neste sentido, parece-me que não estão a oferecer um emprego, mas a pedir a uma alma caridosa que pague para trabalhar.

Peço, desde já, desculpa pela abordagem, uma vez que poderia simplesmente ter ignorado este e-mail, mas, sinceramente, senti necessidade de responder, porque, realmente, o e-mail que recebi só vem comprovar mais uma vez que, neste país, não valorizam técnicos qualificados, que há muitos empregadores que se aproveitam da dificuldade geral dos licenciados em arranjar emprego e que se aproveitam para explorá-los até onde for possível... E acredito que seja possível ir longe, uma vez que entendo perfeitamente que muita gente aceite empregos deste tipo por não ter alternativa. Tem que haver o mínimo de bom senso.

Eu felizmente tenho alternativas. Boa sorte na procura de alguém que não tenha…

E já agora, que espécie de desempenho e motivação esperam que alguém vos dê em troca, com esta proposta?

Obrigada, de qualquer forma, pelo contacto, mas as condições propostas não são atractivas.

Melhores cumprimentos, Etelvina

A ALMA GÉMEA ATRAVÉS DO CÓCÓ

Esta teoria radical vem cortar com todos os conservadorismos que afirmam que o Verdadeiro Amor envolve sentimentos profundos e outras coisas do género que não passam de lamechices, no fundo... Na verdade, o Verdadeiro Amor sente-se, sim,... mas no nariz.

Passo a explicar:

É sabido que todos nós, sem excepção, gostamos do cheiro dos nossos próprios peidos. É agradável. Quem afirmar o contrário, mente a si próprio. Vou mais longe, quanto mais nauseabunda for nossa farpa (aos narizes dos outros), mais nós apreciamos o odor. Sentimo-nos poderosos! Só assim se explica a incrível satisfação que sentimos quando nos farpamos na cama e concentramos o cheiro dentro dos lençóis, inalando-o, com orgulho, até à última molécula. Além disso, quando nos peidamos, criamos sempre enormes expectativas sobre o cheiro e quando este não se manifesta ou se manifesta pouco, sentimo-nos desconsolados, como se tivéssemos falhado uma grande oportunidade de golo em frente à baliza... Portanto, peidar bem, é óptimo para a auto-estima.

Mas nós veneramos o nosso traque proporcionalmente a quanto odiamos o de outrem. Só que tudo isto é de natureza psicológica. Já dei por mim numa situação em que me farpei e comecei normalmente a apreciar a potência do odor. Entretanto, comentei para um amigo (porque este ainda não tinha manifestado o natural desagrado para com o cheiro e achava impossível ele não estar a sentir tamanha malina):
- Peidei-me!
Ao que ele respondeu sorrindo:
- Eu também!
Imediatamente senti uma grande confusão interna e o maravilhoso odor transformou-se num verdete impossível de suportar! O mesmo cheiro! Só pensava: “Mas este fedor é meu, ou dele? É suposto gostar ou não deste cheiro?...” Não foi nada fácil. A minha mente era um turbilhão incapaz de decidir o que fazer com aquele odor...

Ora, está feita a ponte para introduzir o factor Alma Gémea neste contexto.

Acredito piamente que só no dia em que encontrarmos alguém de quem gostamos do odor dos perrós é que podemos afirmar que encontrámos o Amor da nossa Vida. Quando profiro esta afirmação não estou a falar de suportar o cheiro, mas sim de idolatrar o fedor, adorá-lo como se fosse nosso! Quanto mais intenso e insuportável for para os outros, mais o apreciamos. Refiro-me a amorosos peidos na cama em que ambos se cobrem com os lençóis e vibram apaixonadamente contemplando o fedor, em vez de recebermos a tradicional resposta do cônjuge: “Estás podre!”
Só perante este enternecedor cenário é que podemos dizer que os dois formam um só e que duas Almas Gémeas se encontraram.

Se não gosta das bufas do seu cônjuge, desista, não perca tempo... Continue a procurar porque ainda não é a pessoa certa. O peido conduzi-lo-á à pessoa da sua vida. Confie no seu nariz.

Portanto, da próxima vez que alguém lhe fizer a clássica pergunta:
- Amas-me?
Já sabe o que responder:
- Peida-te e já te digo...

VIDA DE “ZÉ MANEL” - INTRODUÇÃO

Escrevo estas histórias porque a minha memória já não é o que era. E a minha memória já não é o que era devido a estas histórias. Então, antes que se apaguem de vez, resolvi transcrevê-las. Entretanto pensei: “Já que as vou registar, porque não partilhá-las? Pelo menos assim alguém se poderia rir de mim!”
E assim nasceu este Blog onde colocarei uma série de parvoíces não só da minha autoria, como também do meu alter-ego Jimi (que vos será apresentado brevemente). Mas não esperem mais do que parvoíces.


Ao iniciar esta série de crónicas com o tema “Vida de “Zé Manel”” devo, antes de mais, explicar o conceito “Zé Manel”.
Zé Manel, o original, é um indivíduo que, não raras vezes, bebe “um copito a mais” (leia-se “bastantes copitos a mais”). As suas inúmeras peripécias sob o efeito do álcool tornaram-se lendárias na sua terra o que, a determinada altura, originou a expressão: “Já estás Zé Manel!”, o que significa, obviamente, que a taxa de alcoolemia da pessoa em causa já ultrapassou a do Zé Diogo Quintela em noite de Ano Novo.
Para se perceber melhor esta lenda viva, deixo alguns episódios que, sendo verdade ou não, já pouco importa, pois o homem é um mito!

História 1: Zé Manel ia de manhã cedinho pela Estrada Nacional fora quando é obrigado a parar junto à linha de comboio. Estava na sua paz, a ouvir o seu som, quando um veículo não faz a travagem a tempo e embate na traseira do seu carro. Sem culpa nenhuma, sai do carro e confronta o outro condutor envolvido na situação. Este não se deu por culpado pelo que, após uns minutos de discussão, resolveram chamar a GNR.
Enquanto esperava, Zé Manel olha à sua volta e repara: “O que é isto? Um café mesmo aqui ao lado? Já estou com uma certa sede!” Entra no estabelecimento e resolve começar a beber umas cervejas. A GNR tardava e a sede de Zé Manel aumentava... E a sede tem, obrigatoriamente, que ser saciada (um Mandamento para qualquer “Zé Manel” que se preze!). Dez finos depois, chega, finalmente, a GNR.
- Então há aqui um incidente? Parece-me simples, não vejo qual é o problema. Este senhor embateu por trás neste automóvel, sendo, por isso, sua responsabilidade. – diz o Sr. Agente. – Vamos só seguir com o protocolo e os senhores vão “soprar ao balão”.
Sopra o condutor que embateu na traseira de Zé Manel e resultado perfeito: 0,00!
Sopra Zé Manel…
- Amigo, 1,5? Assim, o caso muda de figura e o Sr. José Manuel vai ter que assumir as consequências de tudo isto. – revela o Sr. Guarda, soltando uma risada para o colega.
- Mas Sr. Agente, eu juro-lhe, quando ele me bateu, eu ainda não tinha bebido!

História 2: Certa madrugada estava o meu tio junto a casa a conversar com um amigo, finalizando mais uma saudável noite de copos, quando chega um veículo automóvel um pouco instável e estaciona perto deles. Quem sai do carro? O mito vivo Zé Manel, já bastante “Zé Manel”! Tudo tranquilo, dirige-se para a porta de casa e junto à porta sobressalta-se e começa a procurar algo em todos os seus bolsos. Volta ao carro e começa a rondar o carro, tenta meter a mão pela frincha da janela, em vão… Com ar de desespero, tenta o tecto de abrir, sem sucesso… Dá voltas ao carro, volta a mexer nos bolsos, tenta tudo!...
Entretanto, comenta o meu tio para o amigo:
- Olha-me a narsa com que o Zé Manel já está! Ele está à procura de qualquer coisa, é melhor irmos lá ajudá-lo.”
E lá foram.
- Então Zé Manel, que é que se passa?
- Vocês não vão acreditar… Deixei as chaves de casa dentro do carro! ‘Tou f*%$&#!
- Zé Manel, e não tens as chaves do carro?
- Ei!! Pois é!... – responde, deitando a mão à testa.

Ao longo dos tempos e à medida que as suas aventuras se foram acumulando, Zé Manel tornou-se num exemplo e num símbolo para aqueles que gostam de levar uma vida pautada por excessos movidos a álcool.
“Já estás “Zé Manel”!”, “Olha-me pr’aquele “Zé Manelão” que ali vai!” ou “És um berdadeiro “Zé Manel”!” são apenas algumas das expressões que se foram criando ao longo dos tempos entre a comunidade “Zé Manelina”, comunidade essa que vem ganhando cada vez mais fiéis oriundos dos mais diversos cantos do planeta.
Digamos que a “Zé Manelice” ultrapassou o seu próprio criador e tornou-se num estilo de vida, num movimento, numa religião…

Eu sou um “Zé Manel” e estou aqui para prestar a minha homenagem a este Che Guevara do Verde Tinto!

Saudações “Zé Manelinas”