quinta-feira, 24 de julho de 2008

A ALMA GÉMEA ATRAVÉS DO CÓCÓ

Esta teoria radical vem cortar com todos os conservadorismos que afirmam que o Verdadeiro Amor envolve sentimentos profundos e outras coisas do género que não passam de lamechices, no fundo... Na verdade, o Verdadeiro Amor sente-se, sim,... mas no nariz.

Passo a explicar:

É sabido que todos nós, sem excepção, gostamos do cheiro dos nossos próprios peidos. É agradável. Quem afirmar o contrário, mente a si próprio. Vou mais longe, quanto mais nauseabunda for nossa farpa (aos narizes dos outros), mais nós apreciamos o odor. Sentimo-nos poderosos! Só assim se explica a incrível satisfação que sentimos quando nos farpamos na cama e concentramos o cheiro dentro dos lençóis, inalando-o, com orgulho, até à última molécula. Além disso, quando nos peidamos, criamos sempre enormes expectativas sobre o cheiro e quando este não se manifesta ou se manifesta pouco, sentimo-nos desconsolados, como se tivéssemos falhado uma grande oportunidade de golo em frente à baliza... Portanto, peidar bem, é óptimo para a auto-estima.

Mas nós veneramos o nosso traque proporcionalmente a quanto odiamos o de outrem. Só que tudo isto é de natureza psicológica. Já dei por mim numa situação em que me farpei e comecei normalmente a apreciar a potência do odor. Entretanto, comentei para um amigo (porque este ainda não tinha manifestado o natural desagrado para com o cheiro e achava impossível ele não estar a sentir tamanha malina):
- Peidei-me!
Ao que ele respondeu sorrindo:
- Eu também!
Imediatamente senti uma grande confusão interna e o maravilhoso odor transformou-se num verdete impossível de suportar! O mesmo cheiro! Só pensava: “Mas este fedor é meu, ou dele? É suposto gostar ou não deste cheiro?...” Não foi nada fácil. A minha mente era um turbilhão incapaz de decidir o que fazer com aquele odor...

Ora, está feita a ponte para introduzir o factor Alma Gémea neste contexto.

Acredito piamente que só no dia em que encontrarmos alguém de quem gostamos do odor dos perrós é que podemos afirmar que encontrámos o Amor da nossa Vida. Quando profiro esta afirmação não estou a falar de suportar o cheiro, mas sim de idolatrar o fedor, adorá-lo como se fosse nosso! Quanto mais intenso e insuportável for para os outros, mais o apreciamos. Refiro-me a amorosos peidos na cama em que ambos se cobrem com os lençóis e vibram apaixonadamente contemplando o fedor, em vez de recebermos a tradicional resposta do cônjuge: “Estás podre!”
Só perante este enternecedor cenário é que podemos dizer que os dois formam um só e que duas Almas Gémeas se encontraram.

Se não gosta das bufas do seu cônjuge, desista, não perca tempo... Continue a procurar porque ainda não é a pessoa certa. O peido conduzi-lo-á à pessoa da sua vida. Confie no seu nariz.

Portanto, da próxima vez que alguém lhe fizer a clássica pergunta:
- Amas-me?
Já sabe o que responder:
- Peida-te e já te digo...

2 comentários:

Anónimo disse...

Peidei-me a ler isto!
Não senti o cheiro, estou desolado!

Maria Inês disse...

precisas de ajuda profissional...