sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A CAGANITA, O CAGALHÃO E O "HOME RUN"

O Cócó é um tema que me é muito querido. Tenho um profundo respeito pelo Cócó e defecar é sempre um dos pontos altos do meu dia. Sempre que me é possível, aprecio o resultado final como um todo, analisando a quantidade total, consistência, cor, odor, partes perceptíveis (pevides de kiwi, pedaços de tremoço), etc... Por exemplo, a maneira ideal de confirmar a consistência é, ao limpar o ânus, apanhar com o papel higiénico o último bocadito que estava agarrado aos pêlos e espremê-lo no papel até sair pelas pontas do mesmo... Mas deixemo-nos de rodeios e vamos à teoria.

As pessoas utilizam frequentemente as palavras sem pensar no seu significado e no seu possível impacto. Oiço constantemente usarem e abusarem dos termos “caganita” e “cagalhão”, mas creio que nunca ninguém parou para perceber onde acaba uma caganita e começa um cagalhão. Fala-se inúmeras vezes, e inadmissivelmente, em cagalhões em situações onde estávamos, na realidade, perante caganitas e vice-versa.
Toda a gente sabe que um cagalhão é algo imponente e, por esse facto, exige uma dimensão mínima. A meu ver, não é qualquer poiozito de merda que tem a honra de ser intitulado de cagalhão... Não é dignificante para a classe. O inverso também pode acontecer. Um nobre cagalhão ser erronea e humilhantemente denominado de caganita.
Ora, isto não pode continuar... Para acabar com estas questões desenvolvi um método para standartizar aquilo a que se pode chamar um cagalhão.

Consiste no seguinte:

Estamos a obrar e as fezes fluem sobre o esfíncter... Se simultaneamente olharmos para dentro da sanita (entre as duas pernas) e observarmos o momento em que as fezes se soltam do ânus, podemos concluir se se tratava de um cagalhão ou de uma caganita. É simples, se o bloco ainda não se tinha soltado e nós já o conseguíamos visualizar, pode-se afirmar que se tratava de um cagalhão. Se a massa se soltar antes de se tornar visível, não pode ser apelidada de mais do que uma mera caganita*. Esta simples observação permite-nos, a partir desse momento, atribuir os respectivos nomes com o devido conhecimento de causa.

Durante este processo também se pode observar um fenómeno raro e de extraordinária beleza. Todos o desejam, todos o tentam e, até hoje, poucos o conseguiram. Poucos são, também, os que sobrevivem, quando alcançam tamanha façanha. Falo, como já perceberam, do quase inatingível “Home Run”! Consegue-se um “Home Run” quando as fezes ainda não se soltaram do esfíncter e já estão a tocar na água do fundo**. É algo de uma dificuldade extrema, a sensação que nos percorre nesse momento é indescritível e nunca mais vemos a vida com os mesmos olhos...
Fazer um “Home Run” não é para todos, longe disso. Alguém inexperiente, ao tentar, acaba totalmente esgotado e cheio de petéquias faciais, de tanto esforço... É só para Homens com pêlos no céu da boca!
Mas predisposição genética não é tudo. Para fazer um “Home Run” as fezes têm que estar na consistência ideal. Nem demasiado moles (têm que ser compactas, senão desfazem-se rapidamente), nem demasiado duras (deixam de ser moldáveis no esfíncter, tornando-se excessivamente grossas e demasiadamente curtas). O ideal será algo tipo barro, cuja grossura possa ser controlada pelo ânus. Mas este “ponto caramelo” é extremamente difícil. Exige anos de estudo e de tentativas goradas, já que é essencial uma alimentação direccionada para o efeito, mas adaptada à idiossincrasia de cada indivíduo. Exige, também, anos de treino a nível anal para atingir o diâmetro correcto e acima de tudo manter esse diâmetro constante ao longo do processo. Só para os predestinados.

* - Toda esta teoria só se aplica, obviamente, a fezes de uma consistência mínima, não tendo qualquer significado quando estivermos na presença de fezes diarreicas.

** - A teoria do “Home Run” só se aplica nos países que utilizam apenas o fundo da sanita com água, não se aplicando nos países onde utilizam meia sanita já cheia de água, que facilitaria muito a realização do feito, banalizando-o.

1 comentário:

Anónimo disse...

joão, vê isto:
http://en.wikipedia.org/wiki/Bristol_Stool_Scale

vasquinho